‘Levanta os olhos para o céu e conta as estrelas, se és capaz...’ (Gen 15,5).
O teto de uma igreja é símbolo da Aliança. Nele se contempla o céu. Não à toa os artistas impingiram com relatos bíblicos, hagiografias, corte celestial entre tantos. É uma janela para a eternidade, como o ícone.
Quando entramos numa igreja românica, gótica ou barroca não é possível deixar de ver o encontro dos arcos, a união das estruturas ou a riqueza de formas geométricas que falam da perfeição.
O teto não é um simples adorno onde se penduram lustres ou luminárias. É parte integrante da arquitetura religiosa e pode falar de Deus.
Do mesmo modo o piso de uma igreja não é só o lugar onde se pisa.
‘Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar onde te encontras é uma terra santa.’ (Ex 3,5).
Uma igreja é consagrada para ser lugar divino. Espaço onde é realizada a liturgia sagrada. Distinto de todo lugar externo, e por isso, profano, a sacralidade de uma igreja lhe constitui como lugar único no mundo.
Não é um lugar comum. É um espaço divino. Por isso, o projeto de uma igreja tem que pensar as características da sua cobertura e do seu piso. Há teologia e fé na execução de um desenho tão singular. Vamos conversar?